Síndrome de Patau: entenda como funciona a doença rara que vitimou filho de Zé Vaqueiro
Zé Vaqueiro e Ingra Soares anunciaram nesta madrugada de terça-feira (9), a morte do caçula do casal aos 11 meses de vida. Arthur, tinha uma rara malformação genética, conhecida como síndrome de Patau. Dada as complicações em decorrência da doença, a criança foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) logo após o nascimento, onde lutou por sua vida por muito tempo.
Características da síndrome de Patau
A Síndrome de Patau é uma condição genética e ocorre quando há três, e não dois cromossomos 13, como o considerado comum. Esse cromossomo extra leva a uma série de alterações no desenvolvimento do bebê. A condição pode até ser identificada durante o pré-natal, mas, em muitos casos, surgem somente após o parto, como ocorreu com o casal.
Não há remédio ou cura para a condição, mas é possível estabelecer uma estrutura médica com uma equipe multidisciplinar para melhorar a qualidade de vida da criança. Entre os problemas causados pela doença estão: malformação no coração e no sistema nervoso; alterações nas faces e nos lábios leporinos; malformação nos rins; problemas respiratórios; micro ou anolftalmia (olhos pequenos ou ausência de olhos); defeitos abdominais; malformação nas orelhas; e surdez.
O bebê morreu em decorrência de uma disfunção múltipla dos órgãos, ou seja, falência de vários órgãos, segundo o portal Hugo Gloss. Além do recém-nascido, Zé Vaqueiro e Ingra têm outros dois filhos: Daniel, de 3 anos, e Nicole, de 13, de um relacionamento anterior. A gravidez do caçula havia sido anunciada em janeiro do último ano.
É possível prevenir?
O problema pode ser detectado no NPIT, o teste de triagem pré-natal não invasivo, que detecta, entre outros problemas, a trissomia 13, que gera a síndrome de Patau. O exame é feito colhendo uma mostra do sangue materno por volta das 9 ou 10 semanas de gestação.
A geneticista Cristiana Libardi destaca que, embora não seja possível antever o problema antes da gravidez, os futuros pais podem buscar aconselhamento genético. “A gente não tem como prever risco de ocorrência. Pode ser ao acaso, mas também a gente pode ter alguns indicativos na família, em que o médico geneticista pode prever o risco de ocorrência dessa doença”, indica em entrevista ao G1.
Além disso, é possível analisar o embrião nos processos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, para evitar a transmissão do problema. “Não é algo que os pais vão transmitir sempre, é algo que pode acontecer ao acaso. Agora o que a gente tem que fazer é acompanhar e identificar se na família não tem nenhum caso de alguma alteração cromossômica semelhante”, conclui.
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